Resenha: Por que indiana, João? - Danilo Leonardi

A história:

O livro conta a história de João Vitor Galeto, um adolescente que como muitos outros sofre bullying. A única coisa que João quer é ser deixado em paz, simplesmente ir a escola como qualquer garoto normal, porém Guilherme, o valentão da escola, não o deixa em paz. Mas um dia em que Guilherme tenta bater em João, o mesmo revida em um momento de coragem insana e dá um chute bem nas duas bolas do valentão. E em tempos de celulares com câmera, o acontecido foi filmado e publicado na internet, virando um dos maiores virais do ano. João vira famoso e um exemplo para todos aqueles que sofrem bullying, porém ele tem que agüentar todas as conseqüências que vem com a fama e com a grande influencia que passa a ter perante aos jovens.

Impressões:

Eu amo o Danilo como vloger, já até citei ele em uma postagem, estava ansioso para ler “Por que indiana, João?”, inclusive foi o primeiro livro que comprei na bienal. Assim que comecei fiquei com medo da história ser um grande clichê, porém ao longo da narrativa pude perceber que o Danilo se saiu muito bem no seu livro de estréia. O livro tem uma escrita dinâmica, rápida, é aquele tipo de livro que se lê em uma tarde de domingo. Tudo bem que ele poderia ter se aprofundado mais em algumas partes, ter sentido mais a escrita, porém talvez esse não fosse o objetivo do Danilo. Alguns personagens chamam bastante atenção, como o melhor amigo do João, o Daniel. Ele tem um papel não tão importante na narrativa, mas é um personagem que te faz amá-lo e odiá-lo ao mesmo tempo. O que eu gosto no livro é a veracidade dos fatos, é ótimo ele usar referencias da cultura brasileira, valoriza a nossa cultura.

Concluindo:

Por fim, o Danilo não decepciona, não vou dizer que ele dá um show de originalidade, porém ele trata do assunto com uma delicadeza que impressiona, por mais que eu sinta um pouco de falta do “sentir”, o livro é ótimo pra ler no domingo tomando um chá gelado com biscoito. Eu super indico pra quem quer fugir um pouco dos clichês americanos e mergulhar numa boa narrativa brasileira.