segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Luzes Acesas

Esqueço de mim
Só vejo o meio
O mundo por completo
Observo-o
Cada detalhe.

Sei de ti,
Dele,
Delas,
Menos de mim.

Esquecer do ser
Esquecer da famosa pergunta:
“Ser ou não ser?”
No meu caso:
“Observar ou não observar?”

Importo-me mais com o mundo do que com a minha essência
Perco-me em meio aos olhos,
Aos meus próprios olhos
Que enxergam almas,
Só não enxergam a minha.

Tenho o espírito do medo,
Medo de mim
De algo dentro de mim
Algo que talvez,
Na verdade certeza,
Não quero observar.

Só quero o mundo,
Só quero os olhos do mundo.
Pessoas e olhos que refletem a imagem de apartamentos com luzes acesas
Pensar nos apartamentos como algo a mais,
Algo além de mim.

Melhor suas luzes do que minha alma,
Observar e imaginar o que ali ocorre
É melhor do que ver o que ocorre em mim.

Concreto ou não
Sei que sou torto
De uma forma boa (?)
Talvez errado de uma forma retilínea
Ou apenas uma bagunça em poesia.

Parar para me ver é, claro, menos interessante do que ver o mundo,
Do mundo quero tudo
De mim quero apenas os olhos.

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